Movimento Nacional pela Advocacia Pública

Movimento Nacional pela Advocacia Pública

Estratégias de atuação na defesa das prerrogativas da carreira e eventos comuns à categoria foram a linha principal da reunião do Movimento Nacional pela Advocacia Pública. O encontro ocorreu na sede da Anape, em Brasília, nesta terça-feira (01), e reuniu dirigentes da associação, da Anafe, Anauni, Anajur, ANPM, Anpprev, Sinprofaz, representando aqueles que têm a missão constitucional de defender o Erário público nas três esferas – União, Estados e Municípios.

“É importante mantermos essas reuniões periódicas do Movimento Nacional pela Advocacia Pública para que, juntos, consigamos sempre debater as melhores políticas para a categoria, na defesa dos associados e de avanços na atual conjuntura”, avaliou Bruno Hazan, 1° vice-presidente da Anape.

Fonte: ANAPE

OAB vai ao STF para manter a violação das prerrogativas como crime

OAB vai ao STF para manter a violação das prerrogativas como crime

A OAB Nacional requereu ao Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sua admissão como amicus curiae para discutir a procedência dos pedidos formulados na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6236, proposta pela Associação Nacional dos Magistrados Brasileiros (AMB). A ADI questiona a constitucionalidade das normas constantes na Lei de Abuso de Autoridade (Lei 13.869/2019) que dizem respeito à criminalização da violação das prerrogativas da advocacia. Mello é o relator da ADI.

A OAB defende que o estabelecimento de mecanismos legais fortes contra o abuso de autoridade é medida essencial para assegurar que os agentes públicos não se afastem das finalidades do cargo e da função que ocupam para utilizar sua posição de poder em detrimento dos direitos do cidadão e da própria administração da justiça. “A Lei 13.869/2019 é verdadeira garantia instrumental do estado de direito, pautada pela premissa de que todos devem, sem exceção, respeitar as leis”, afirma a OAB em seu requerimento.

A Ordem ressalta ainda que a garantia legal das prerrogativas de advogados não representa apenas interesses da classe ou mecanismo de salvaguarda ao exercício de uma atividade privada. As prerrogativas servem como garantia de interesses de toda a sociedade, que se apoia na advocacia como trincheira para a defesa de seus direitos. O pedido lembra ainda que práticas de desrespeito às prerrogativas fazem parte do cotidiano dos advogados nos fóruns, delegacias de polícia, promotorias, presídios e órgãos públicos em geral, impedindo o livre exercício da profissão.

“Nesse contexto, a aprovação da Lei 13.869/2019, com a criminalização de condutas que violam direitos dos advogados, representou a conquista de uma bandeira histórica da classe ao elevar a proteção jurídica conferida ao livre exercício da advocacia”, declara a OAB no documento, salientando ainda em seu pedido que a criminalização das prerrogativas de advogados não confere uma primazia de tratamento ou uma proteção desproporcional à classe dos advogados, mas fortalece o exercício do direito de defesa em prol dos interesses da sociedade. “Proteger a advocacia contra a prática de abusos não representa uma imunidade absoluta e tampouco um privilégio descabido. Constitui simplesmente o respeito estrito às garantias legais e constitucionais”, argumenta a Ordem.

Confira aqui a íntegra do pedido formulado pela OAB.

Fonte: OAB

Ato em defesa das prerrogativas lota OAB-PE

Ato em defesa das prerrogativas lota OAB-PE

A OAB-PE promoveu, nesta quarta-feira (11), na sede da entidade, um grande ato em defesa das prerrogativas da advocacia e contra o veto presidencial à lei de Abuso de Autoridade, que atingiu a parte do texto que torna crime a violação das prerrogativas. O plenário da Ordem ficou lotado com as presenças dos membros da diretoria, de conselheiros, presidentes de subsecções, membros de comissões, advogadas e advogados. Durante o evento, o presidente Bruno Baptista apresentou uma carta aberta (leia na íntegra no final do texto), assinada pelos presentes, em que conclama a bancada federal pernambucana a derrubar o veto na sessão do Congresso Nacional que irá tratar do assunto.

Bruno Baptista, que presidiu o evento, ressaltou que o ato simboliza a união da advocacia em torno da defesa das prerrogativas como instrumento de consolidação da cidadania. “As prerrogativas não são dos advogados, mas do cidadão, para que tenha uma defesa justa e altiva”, disse ele. “A OAB não tem partido político, não tem ideologia. A nossa ideologia é a defesa do cidadão”, completou. Ele enfatizou que criminalizar a violação das prerrogativas é um importante aprimoramento institucional para o país, mas que a discussão terminou sendo contaminada pela polarização política no país.

Bruno Baptista destacou também que a mobilização demonstra união da advocacia em torno do tema, e que isso será um ativo importante na busca por sensibilizar a bancada federal pernambucana a votar pela derrubada do veto.

Vários advogados se revezaram na tribuna durante o evento. Nos discursos, todos destacaram a importância em defender as prerrogativas. “A classe sai mais fortalecida com esse ato”, avaliou o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas (CDAP), Carlos Barros, um dos que foi à tribuna e que defendeu a importância de remédios legais eficazes para coibir abusos de autoridades.

A conselheira federal Silvia Nogueira, os conselheiros seccionais João Olímpio e Gustavo Freire, os presidentes de subseccionais Ana Firmino (Jaboatão dos Guararapes) e Jorge Wellington (Garanhuns), a ex-vice-presidente da OAB-PE Adriana Rocha e a presidente da Comissão da Advocacia Popular, Carolina Ferraz, foram alguns dos advogados e advogadas que usaram a tribuna durante o ato.

CARTA – Todos os presentes assinaram a carta aberta à bancada pernambucana pedindo a derrubada do veto. O documento ressalta a importância da criminalização das prerrogativas como instrumento para a construção da Justiça e da cidadania, e que as prerrogativas são garantias, não de uma classe, mas do cidadão na defesa dos seus direitos. O documento será enviado a todos os 28 integrantes da bancada pernambucana – 25 deputados federais e três senadores – que irão definir se o veto presidencial será mantido ou derrubado.

Abaixo, segue a íntegra da Carta Aberta.

CARTA ABERTA

A Diretoria da OAB-PE, seu Conselho Seccional, Presidentes de Subseccionais, membros de comissões e advogados e advogadas abaixo subscritos vêm, publicamente, manifestar o repúdio ao veto presidencial à parte da Lei nº 13.869/2019, aprovada pelo Congresso Nacional e que trata das punições a quem comete abuso de autoridade, principalmente o veto ao trecho que criminaliza a violação das prerrogativas da advocacia.

Somos contra o veto, notadamente na parte que atinge a criminalização das prerrogativas da advocacia. O regime democrático é construído sob o sistema de freios e contrapesos.  Ao vetar trechos da lei que daria proteção a direitos básicos dos advogados e seus clientes, como acessar informações sobre procedimentos em curso, preservar a inviolabilidade do local de trabalho do advogado e ter assegurado o sigilo de suas comunicações e a privacidade no contato com o cliente, o sistema fica carente de um contrapeso. Até o fundamento utilizado para o veto – a suposta insegurança jurídica em razão da inexistência de imunidade absoluta – não se sustenta. O fato será apreciado pelo Ministério Público, que oferecerá ou não a denúncia, e pelo Judiciário, que dirá se houve a violação da prerrogativa.

O respeito às prerrogativas da advocacia é um importante passo na construção da Justiça. Trata-se de garantia não de uma classe, mas do cidadão de que terá uma defesa plena e altiva. A lei aprovada no Congresso em nada interfere no funcionamento das instituições, já que as prerrogativas expressam a garantia civilizatória básica do devido processo legal, do contraditório e ampla defesa, previstos na Constituição, e não cria obstáculo a quem age na legalidade.

Por tudo exposto, os signatários desta Carta Aberta conclamam à bancada federal pernambucana no Congresso Nacional para que vote pela derrubada do veto presidencial e mantenha a previsão de criminalização a quem violar as prerrogativas da advocacia, por tratar-se de uma questão de respeito à Justiça e em defesa da cidadania.

Recife, 11 de setembro de 2019.

Fonte: OAB-PE

Participe da enquete sobre o PL 8.347/2017

Participe da enquete sobre o PL 8.347/2017

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou que é fundamental que a advocacia e a sociedade participem da enquete que é realizada pelo portal da Câmara dos Deputados a respeito do Projeto de Lei 8.347/2017, que criminaliza o desrespeito às prerrogativas da advocacia. A matéria já foi aprovada no Senado em 9 de agosto de 2017, na CCJ da Câmara dos Deputados em 5 de dezembro de 2017 e agora aguarda para ser pautado no Plenário para sua votação definitiva. Essa é uma demanda histórica da advocacia que tramitou graças a ação da OAB no Congresso Nacional.

Segundo Lamachia, a participação maciça da advocacia na enquete será mais uma forma de demonstrar com absoluta clareza o quão importante o projeto é não somente para os mais de um milhão e cem mil advogados e advogadas brasileiros, mas como ele pode ser um instrumento de transformação do acesso do cidadão aos seus direitos. “Conclamo a advocacia a participar dessa votação. A proposta está a um passo de ser aprovada e é preciso que não apenas a advocacia, mas toda a sociedade se manifeste. Quando o advogado é valorizado, e o projeto sem dúvida nenhuma promove essa valorização, o cidadão é respeitado”, disse Lamachia.

Até o início da tarde dessa segunda-feira, 96% dos participantes (614 votos) da enquete disseram concordar com a proposta, enquanto 4% (26 votos) se dizem contrários ao texto. Para participar, clique aqui.

Fonte e arte: OAB