ANAPE: PEC Emergencial precariza serviço público

ANAPE: PEC Emergencial precariza serviço público

Por meio de nota, a Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape) avalia que “a recriação do auxílio emergencial não pode depender da desvinculação de recursos da Educação e da Saúde, ou do fim do financiamento do BNDES e, muito menos, do arrocho permanente dos servidores públicos”.

“Existem outras soluções. O auxílio é necessário e urgente, porém a solução para os desafios que a pandemia nos impõe não deve estar no sacrifício da qualidade do serviço público brasileiro”, aponta a Anape.

Veja a nota:

“A Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape) vem atuando diuturnamente durante a pandemia da covid-19, por meio das Procuradorias dos Estados, e acompanhando atentamente os impactos da crise sanitária em toda a sociedade brasileira. Por isso, entendemos a necessidade de se criar condições para o enfrentamento das consequências sociais, em especial, a criação de novo auxílio emergencial, tão necessário para a população vulnerável do país, que, com a pandemia, ficou mais vulnerável ainda.

No entanto, a Anape avalia que a recriação do auxílio emergencial não pode depender da desvinculação de recursos da Educação e da Saúde, ou do fim do financiamento do BNDES e, muito menos, do arrocho permanente dos servidores públicos. Somos contra o corte indiscriminado de despesas e direitos previsto no artigo 167-A da PEC nº 186/2019 (PEC Emergencial), por ofender à autonomia dos Estados e a prerrogativa dos Poderes, além de promover a precarização dos serviços públicos.

Já o artigo 167-G – que estabelece as mesmas restrições, vedações e congelamento de salários previstos no artigo 167-A de maneira imediata, até o segundo ano do exercício seguinte ao término do estado de calamidade pública – também prejudica o serviço público, já impactado pelas restrições previstas na Lei Complementar 173/2020. O dispositivo não leva em conta a autonomia dos entes e as variantes constantes da própria Administração Pública.

Existem outras soluções. O auxílio é necessário e urgente, porém a solução para os desafios que a pandemia nos impõe não deve estar no sacrifício da qualidade do serviço público brasileiro.”

Fonte: Correio Braziliense 

Câmara homenageia Dia da Advocacia Pública

Câmara homenageia Dia da Advocacia Pública

Na manhã de ontem, quinta-feira (21), o Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, foi palco da Sessão Solene em Homenagem ao Dia Nacional da Advocacia Pública, comemorado no dia 7 de março. O vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape), Bruno Hazan, representou a entidade. O diretor de Previdência, Marcos Nusdeo, também prestigiou a cerimônia.

O evento foi realizado por iniciativa do deputado federal Alessandro Molon (PSB/RJ), que dividiu a presidência da mesa com o também deputado Fábio Trad (PSD/MS).

No discurso de abertura dos trabalhos, o deputado Molon falou da importância da advocacia pública ser compreendida como uma advocacia de Estado e não de governo, e acrescentou: “O advogado público deve atuar naquilo que entender que é lícito e legal, protegendo o erário e o interesse público e evitando o mau uso dos recursos, sem que com isso se retire a liberdade e mesmo o dever do governante eleito de implementar a política pública vencedora nas urnas. É preciso encontrar um equilíbrio entre aquilo que foi prometido e aquilo pode ser feito, de acordo com o nosso ordenamento jurídico.”.

Diversas autoridades e parlamentares também deram sua contribuição à homenagem discursando na tribuna do Plenário. Foram elas o ministro da AGU, André Mendonça, os deputados Zé Neto (PT/BA), Coronel Armando (PSL/SC), Paulo Teixeira (PT/SP), Tadeu Alencar (PSB/PE), AJ Albuquerque (PP/CE), Célio Moura (PT/TO), Edmilson Rodrigues (PSOL/PA), Professor Israel Batista (PV/DF), João Daniel (PT/SE), a deputada Erika Kokay (PT/DF), além de dirigentes de entidades representativas da advocacia pública.

O vice-presidente Bruno Hazan fez parte da mesa diretora junto com as demais autoridades e também proferiu discurso na tribuna. Na sua fala, saudou os presentes, agradeceu à Câmara pela iniciativa e tratou de um tema que está na ordem do dia e é afeito a todos os brasileiros: a Reforma da Previdência. “Não estamos diante de uma reforma da previdência, mas de uma tentativa de reforma fiscal. O que de fato o Governo busca é um grande corte de gastos e, para tanto, foi escolhida a previdência como meio para obtenção desses recursos. Existem outras formas menos danosas de se conseguir esses recursos.”, afirmou Hazan.

Fonte: ANAPE